"Às vezes sou nada", dizia a letra de uma canção exibida num video que acabei de ouvir.
E, realmente, às vezes, somos, efectivamente, quase nada ou mesmo nada.
Mas só nesses momentos em nos sentimos "nada" nos apercebemos do quanto enormes poderemos vir a ser.
Admitir-mo-nos é o primeiro passo para o nosso "crescimento"!...
Depois do poema
onde me inventaste
na enormidade dum verso
Depois do poema
que procuravas
e onde me encontraste e quiseste
na simplicidade das palavras
Depois do poema
... podem calar-se os anjos
internar-se silenciosamente os pássaros;
podem os pingos de chuva multiplicar-se em milhões
crescendo os rios
fartando as fontes
que sentirei cá dentro
temperada
uma eterna Primavera
de amanhecer claro
de sons, de cores, de aromas...