Rio Homem
O vento verga os amieiros
e a água
descendo inconformada
se afaga nas margens;
o rio homem vai descendo
na saudade
e sem saber bem
para onde e porque vai…
O vento verga os amieiros
para que os ramos
se despeçam de perto
da água limpa e transparente
que beberam
ao arder do sol
quando a tarde se acendeu
no pináculo da montanha
de pedras soberbas!...
(para Felipa Florença, parceira de palavras, para que saiba do Rio Homem, com votos de rápida recuperação)
Ò amieiros do rio
deixar passar os barquinhos
quem namora às escondidas
quer abraços e beijinhos *
* do cancioneiro popular português