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POEMAS E RECADOS

poemas e textos editados e inéditos de JOÃO LUÍS DIAS

POEMAS E RECADOS

poemas e textos editados e inéditos de JOÃO LUÍS DIAS

"Terra de Outono" - Hino de Souto

 

Um dia o presidente da Junta de Freguesia de Souto, concelho de Terras de Bouro, pediu-me para lhe escrever um poema para hino da terra. Nunca tal coisa imaginei escrever. Mas escrevi. Depois telefonei ao Pedro Barroso (tão só um dos maiores cantores /compositores do país) e falei-lhe do hino e pedi para que ele o musicasse. Não só o fez, como fez quase mil kilómetros para o fazer, cantar e permitir a gravação, mesmo que artesanal, a troco dum abraço...

Os homens vêm-se nos gestos...

Aqui vai o que ambos fizemos...

 

 

TERRA DE OUTONO                      

Dos castanheiros de Outono 
No Inverno as folhas vão…
Mas, da Primavera, as flores
Radiosas, de mil cores
Essas ficam para o Verão.
Se a teus pés o Rio Homem
Te refresca em água fria
Tens tu Souto em Santa Cruz
A figura de Jesus
Vigilante noite e dia.
Outrora, em tempo distante
Foste vila, lei, verdade…
E a forca que punia
Memória de pedra fria
Em terra de liberdade!...
A sul, em trilho traçado
A história por ti reclama...
Que o Império então formado
Te legou no chão marcado
Milenar “Geira” romana.
No extremo do concelho
És bordada a verde e ouro
São Salvador é patrono
Desta rainha do Outono
Que é Souto, Terras de Bouro.
Em Souto, terra de Outono
As folhas partem sem querer
Fica a alma aconchegada
Tanta terra, tanta estrada
E é nesta que eu quero viver!...
Fica a alma aconchegada
Tanta terra, tanta estrada
E é nesta que eu quero viver!...

João Luís Dias 

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