Estação de Viana
Pediu lume e acendeu o instante.
Entregou no rio, ao fundo, o olhar
e deixou possuir-se sem pressa…
Voltou aos versos
que lhe escorriam das mãos
trémulas, molhadas
vertendo no chão gotas mornas de si
e pediu ao silêncio que lhe declamasse a noite;
ali, na estação
à espera da última partida…
E aqui cantado...