Poemas cantados
A Bárbara, o Afonso, o Pinho e o Nuno - de um dia para o outro - musicaram e cantaram estes poeminhas meus na apresentaçao de UM POEMA UMA FLOR, para surpresa minha! A Mila gravou no telemóvel
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A Bárbara, o Afonso, o Pinho e o Nuno - de um dia para o outro - musicaram e cantaram estes poeminhas meus na apresentaçao de UM POEMA UMA FLOR, para surpresa minha! A Mila gravou no telemóvel
Excelente canção do projecto de PAULO PRAÇA, onde canta como convidada a BELÍSSIMA CANTORA BÁRBARA PASSOS que este país terá de conhecer.
É um prazer apresentar este video no meu espaço...
Queria-te num poema
que soltasse do peito rasgado
e nele fosse o coração, e fosse todo…
Queria-te num poema
que escutasse em declamação
do pináculo onde poisam andorinhas
entretidas no desespero afinado da manhã…
E falta-me o peito
E falta-me a catedral
E só de mim…
e só de mim, para ti, mulher de verso
tenho pouco e não consigo!
Caramba, que pena!!!
inédito
Caro Senhor, já fui criança - naturalmente - e nunca gostei ou acreditei nas suas intenções. Perdoe-me a franqueza, mas tinha de lhe dizer isto com toda esta frontalidade. Não sou pessoa de papas na língua. Também detesto a fatiota vermelha que usa (a lembrar o capuchinho vermelho), assenta-lhe mal, fica-lhe pior e dá-lhe um ar espalhafatoso do caneco. Já vi muitas crianças a chorar compulsivamente, quando as obrigam a posar para a fotografia a dar-lhe um beijo ou um abraço. Admiro-me como ainda não notou esse desconforto da ganapada ao fim de tantos anos de poses contrariadas. Bem, mas não são só questões estéticas os motivos deste meu desagrado. Nunca o apreciei, mas por motivos bem mais sérios. E saberei justificar este desencanto.
O Natal, que festeja o nascimento de um Ser perfeito, supremo, na humildade, na simplicidade, a ter um pai a simbolizá-lo, não deve ser um obeso cavalheiro desengonçado a carregar um saco cheio de bonecos, gaitas ou outras coisas plásticas do género. Quanto mais o saco transborda mais o desvia do espírito de Natal. E não me venha com a treta de querer oferecer prendinhas as todas as crianças. Perguntar-lhe-ia então por que será que sempre o vemos em supermercados artisticamente decorados com milhares de luzes coloridas, nas ruas das cidades atulhadas de comércio e a fervilhar de ostentação, em escolas com visita pré anunciada, lado a lado com o palhaço – que até cobra cachê pela visita – e não o vemos nos caminhos de lama, nas ruas sem nome, entre as crianças sem sorriso, de tantas e tantas terras do mundo? Por que será, meu amigo, que só o vemos a dar uma pequenina volta pelo mundo num trenó, quando o mundo é bem maior?! A propósito, já experimentou andar de trenó, puxado por renas gordas e de pêlo farto, nas terras áridas de África, ou pelo chão regado de urina de uma favela da América do Sul?! Pois, nunca se apercebeu que esse meio de transporte das terras geladas não poderia simbolizar a sua universalidade!
Gostaria, caro Senhor, e já este Natal, que em vez de andar por aí a prometer subir e descer chaminés, fazendo figura de tonto, entrasse pela porta maior dos faustosos palácios de alguns ditadores – que se governam em vez de governarem os seus povos – e lhes dizer bem na cara que as crianças do seu país, para além de continuarem a não ter Natal, vão morrer de fome nessa mesma noite e nas noites seguintes. Se o fizer, quem sabe, passarei a guardar-lhe alguma deferência.
Vem amigo, anda comigo
Descobrir a minha terra
Aqui, num canto do Minho
Onde as flores, de mil cores
Se envaidecem nas fraldas da serra
E o vento ao soprar pela manhã
Solta aromas de mel e maçã…
Vê amigo como Deus fez
Paisagens com tanto brio
Das Mós, de Brufe ou Gerês
Olha a água, em perfume lavada
Que desce pelo rio…
E o vento ao soprar pela manhã
Solta aromas de mel e maçã…
Vem amigo, abre o teu peito
Para a minha gente abraçar
Dá-lhe a mão, prende-te ao jeito
Ao balanço e ao encanto
Que ela empresta ao dançar
E o vento ao soprar pela manhã
Solta aromas de mel e maçã…
Vê amigo este tesouro
Bondade da natureza
Que guarda Terras de Bouro
O mais precioso e formoso de todos
Tenho a certeza!
Onde o vento ao soprar pela manhã
Solta aromas de mel e maçã…
Inédito
"A dedication for my new friend João Luis Dias, a great Poet from Portugal"
Monique D´Agorne
(Viena - Áustria)
A tua voz, Monique, é mais que um poema; é toda a poesia na sua expressão maior!
Obrigado pela dedicatória
Votre voix, Monique, est plus qu'un poème, c'est toute la poésie dans l'expression plus!
Merci dévouement
Your voice, Monique, is more than a poem, is all the poetry in the expression more!
Thank dedication
João Luís Dias
(Teatro Sá de Miranda, Viana do Castelo - 30/11/2009)
PEDRO BARROSO
40 anos de carreira
"Não me peçam a eternidade..."