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POEMAS E RECADOS

poemas e textos editados e inéditos de JOÃO LUÍS DIAS

POEMAS E RECADOS

poemas e textos editados e inéditos de JOÃO LUÍS DIAS

Cavaleiro do vento (trova)

 

Solto nas rédeas do sonho
estribado de emoção
vai pelo vento o cavaleiro
levar flores a um coração…

 

E vê, ao longe, formosa
na janela, o seu amor
bordar sonhos numa rosa
num sorriso multicolor.

 

E chama, grita por ela
não resiste... e vai subir
p´ra resgatar sua dama
mesmo que morra, ao cair!

 

 

 

Esperança (PEDRO BARROSO)

 

Eu estava lá, em Viana do Castelo, em lugar de honra (dos amigos), onde uma "casa cheia" soube do soberbo poeta, cantor e compositor, numa justa homenagem que lhe prestarem.

Ouçam até ao fim, onde o Trovador diz e canta de arrepiar....

 

 

Infringindo regras, fotografei eu nessa noite

(Teatro Sá de Miranda, Viana do Castelo - 30/11/2009)

 

Declamação de poesia

 

Alunos do 10º ano da Escola Padre Martins Capela (Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro) declamam poemas de João Luís Dias, do seu último livro "Coração de Algodão", aquando das comemorações do Dia do Autor Português, em 25/05/2011.

Os meus parabéns aos alunos, porque estiveram fantásticos e ao Manuel Adelino Viana e Luís Pinho, que os acompanharam com fundo de viola.

Um agradecimento especial a Sónia Coura pela captação das imagens e que amavelmente disponibilizou.

 

Legitimamente, e por ordem de declamação, os nomes dos alunos da Turma A do 10º ano, sob a docência do Professor Manuel Adelino Viana:
SofiaRicardo DiasJoão CarlosRaquelAnabelaFilipeRicardoLília,MárciaCristianaLuís Miguel e Catarina.

 

 

..................................................................................................................

 

 

Canta muito bem, é filho da Sónia, grande amiga, é meu vizinho e tanta vez da minha janela o ouço cantar. 

PARABÉNS M A R C O S, tens aqui lugar...

 

Versos cantados

 

O professor Manuel Adelino Viana, o chefe administrativo Luís Pinho e a aluna Cristiana (e com uma ajudinha do próprio autor) cantam, de improvido, versos antigos (os primeiros) de João Luís Dias, no Dia do Autor, na Escola Padre Martins Capela, aquando da visita ao Agrupamento de Escolas em 25/05/2011

 

(Captação em video da professora Sónia Coura, a quem agradeço a cedência)


 

Ora digam lá se não estão aí uns belos rouxinóis!

Prometo, na próxima levo também a viola, para ajudar ainda mais à festa.

 

(Algumas notas que falharam foram-nos levadas pelo FMI e por isso sem culpa dos cantores!!!) 

  

Escolas Padre Martins Capela e Rio Caldo

 

Nas comemorações do Dia Nacional do Autor Português, visitei hoje, a convite do Agrupamento, as Escolas Padre Martins Capela e de Rio Caldo.

Pela forma como fui recebido e acarinhado por directores, professores e alunos e ainda pelas formas excelentes como foram desenvolvidos ambos os eventos, quero deixar o meu abraço de reconhecimento.

 

Algumas fotos na Escola Padre Martins Capela e Rio Caldo, aproveitando para agradecer aos professores Daniel, Teresa Brandão e Manuel Viana, à aluna Cristiana e ao amigo Luís Pinho,  pela participação e a estes três últimos também pelas composições e interpretações musicais de poemas meus.


(Padre Martins Capela, também com declamação de poesia por vários alunos)

 


 

 

 

  

(Rio Caldo, onde, curiosamente, até o Presidente do Município de T Bouro e pais de alunos declamaram poesia)

 

 

 

 

 

 

 

O grande amigo António

 

"Caro e eterno companheiro, boa tarde!

Pois é, aqui vai uma proposta de livro a publicar pela CALIDUM.

No fundo são 7 contos de Natal, ilustrados por 3 Pintores Brasileiros, que a partir das minhas histórias puderam livremente, dar asas à sua imaginação.

 A “ideia” é que a pintura/Ilustração ocupe uma página inteira e assim “prepare o terreno” ao leitor e também o desperte para o conto.

Entretanto formalizei à Direcção da ACREDITAR a intenção de publicar o livro de forma 100% benemérita (Lançamento benemérito e ainda posterior venda do livro nas “bancadas” da Associação), pois não sei se a “minha escrita” está em consonância com os princípios e sensibilidade da Associação (dentro de uma semana terei a resposta).

Refira-se que como se tratam de contos “tristes e trágicos”, começo a pensar se fazem sentido publicar a favor. Enfim, não sei… o que achas? Vou esperar a resposta da Presidente.

Entretanto apenas quero que percas algum tempo e leias o projecto do Livro de Contos.

Como imaginas tudo o que quero é que sejas o “João Luís” de sempre. Ou seja se não tiver qualidade DIZ-ME, pois respeito demais o trabalho da CALIDUM para me pôr em bicos dos pés. Não é o meu ADN, nem o meu feitio.

Depois ainda temos a eventual publicação, que não sei se seria ainda possível da V.  parte?

Enfim.

Espero a tua resposta.

1 Abraço.”

 

 

Nota:

O autor desta carta, que me foi dirigida enquanto responsável de uma associação/editora, é daqueles amigos grandes. Daqueles que sabemos nos dariam a camisa se o frio nos doesse no peito. Pois, este, é um amigo assim, a sério! Mas que eu não lhe fui o amigo, nem tão pouco o “João Luís de sempre” - que ele me lembrou!

Não sei o que te peça, meu amigo, mas desculpa não; seria pedir-te de menos!

Os teus contos, magistralmente desenhados, foram-me “fortes” demais, para que eu te assinasse um texto que, temi, lhe fosse de menos!

Mas as forças voltam, e os teus contos nunca me passarão à história. Te garanto!...

Um abraço, ou muitos

 

Sei que gostas deste poema, e ele para ti serve, também, como uma luva, António...


 

 

João Luís

  

Convite

 

 

 

 

10,3O - Escola Padre Martins Capela (sede do Agrupamento)

15,30 - Escola de Rio Caldo

 

Acompanhamento musical - Luís Pinho

 

Clarice Lispector

 

Clarice Lispector (1920 - 1977)


"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

  

 

 

 

 

 

Eficiência (anedota)

 

Um dia um produtor agrícola (fazendeiro) contratou um trabalhador e colocou-o a cavar (abrir rasgos) na terra. Deu-lhe um horário de trabalho das 8:00 às 17:00 horas.

Passados dias o produtor, observando o seu trabalhador, achou que este podia ser melhor aproveitado. Sugeriu-lhe então o seguinte:

- Ó amigo, já que você tem duas mãos, com uma mão você cava e com a outra vai regando. Olhe, e já agora começa a vir das 7:00 às 18:00 horas.

No outro dia, voltou a olhar para o seu trabalhador e achou-o ainda pouco produtivo. Então sugeriu-lhe:

- Já que você além das mãos tem também uma boca, podia enchê-la de sementes e enquanto com uma mão cava e com a outra rega podia cuspir as sementes. Já agora começa a trabalhar às 6.00 e termina às 19:00 horas.

Dias depois, o produtor começou a pensar que o seu trabalhador deveria trabalhar enquanto houvesse luz de dia. Portanto, sugeriu-lhe que o seu trabalho passasse a ser das 5:00 até às 22:00 horas.

E assim foi.

Um dia quando o pobre trabalhador voltava a casa do trabalho, deparou com a sua mulher com outro homem na cama. O homem chorou, chorou, chorou vezes sem conta, até que a mulher desesperada com aquela situação, tentou consolá-lo, perguntando-lhe porque chorava assim tanto. Ao que ele respondeu:

 - Se o meu patrão descobre que eu tenho dois cornos, coloca-me lá umas lanternas e põe-me a trabalhar a noite toda!

 

 

Ceia

 

Encolheu os ombros

suspendeu os braços

e deixou o sangue arrefecer

nas pontas dos dedos.

O céu acinzentou-se

fez-se baço o horizonte

e o crepúsculo apagou

todas as linhas da mira dos olhos.

Fez-se noite prematura

de estrelas ainda apagadas.

A lua abortou

acocorada e fria.

A noite gelou no escuro

e o gato, num rompante

mergulhou no aquário

e surpreendeu

o último peixe azul…