TODOS OS HOMENS SÃO MARICAS
... quando têm gripe!
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... quando têm gripe!
Se num lado da terra o sol aquece e queima e no outro a chuva cai e inunda,
dizemos: é culpa das alterações climáticas.
E tudo fica dito, resolvido e arrumado.
Para quê, então, dois baldes, se o mesmo serve para apagar num lado e escoar no outro?
Se à noite obrigamos o corpo ao sono e pela manhã o castigamos, se nos obriga o ofício,
dizemos: a vida e o “stress” são os culpados destas trocas de vontades do sono.
E ficamos conformados, porque a indústria farmacêutica tem a solução; como se uma bola de naftalina para disfarçar o cheiro a mofo que se nos pousou.
Dificilmente a culpa é nossa. Dificilmente a solução parte de nós.
Há sempre alguém melhor e pior que nós (o pior que aguente, o melhor que faça). E é aqui que os pontos de desencontram. E quando, por mera sorte, se encontram, lá estamos nós para aplaudir, sem sabermos se culpados ou donos da culpa.
Se há flores de todas as cores, de todos os cheiros, em todas as estações, mesmo sem que algum dia tenhamos plantado alguma, para quê regar os girassóis, se eles não se queixam?...
No “dia da poesia”
diferente d´outro qualquer
logo p´ lo nascer do dia
veste e bebe a fantasia
sê palhaço ou malmequer
Sê verso, rima, poema
sê archote, arco de fogo
sê sábio, sem teorema
sê riso, cordeiro e lobo
No "dia da poesia"
sê quem quiseres todo o dia...
pincel, cor e magia
Hoje é o teu dia, mas ontem também foi. E foi na semana passada e há quinze dias…
Caramba, tens tantos dias!; tantos quantos eu te lembro. E lembro muitos. E gosto de lembrar.
Beijo
Ah, continuas um galã e eu continuo cheio de inveja de ti. Não me é fácil ficar assim! Que chatice!
João Luís
Eu gravei, o João Gil Dias fez o resto...
Ah, depois resolvi escrever...
Se um poema
quero o que ainda não soube escrever
Se um dia
quero o que ainda não soube inventar
Se uma balada
hoje quero
"Nothing Else Matters"
O resto...
quero depois
O cão ladrava sempre àquela hora
como se as horas de alguém
fossem sempre as horas dele.
O cão ladrava sempre àquela hora
como que chamando por alguém
na hora em que acordava.
O cão ladrava sempre àquela hora
quando já ninguém dormia.
O cão acordava sempre àquela hora
e só ele sabia porque ladrava…
A cama estendeu-se de urze mansa.
A montanha acendeu de emoção
perdida de amor pelo arco íris...
E no ventre da terra
pousaram gotas de água
que se fizeram depois num rio.
(Porque hoje é o dia da SAUDAÇÃO, acho eu! Se não é, passa a ser)
Vivam os que sabem ler e os analfabetos. Mas estes estão ainda a tempo de aprender, se os ensinarem.
Vivam os heterossexuais, os homossexuais e vivam também os que não são carne nem peixe.
Vivam as mulheres e os homens, as crianças e os idosos. E já agora, vivam também os “filhos da mãe”. Mas estes que vivam menos.
Vivam os dentistas, os trapezistas, os músicos, os agricultores. Mas estes que se deixem de procurar mulher para casar em programas de televisão, que se sujeitam a levar para casa uns tamancos, convencidos que ganharam os sapatos novos de estilo requintado.
Vivam os gratos, os gatos, os cavalos de puro sangue e os outros também. Mas os ingratos que vivam longe, pois nem os animais os querem por perto.
Vivam as vendedoras de flores, os condutores de tractores, os gigantes e os anões. Mas vivam muito pouquinho os aldrabões.
Vivam os criadores, os sonhadores, os pintores e os comedores. Mas estes que vivam afastados, para deixarem os outros comeram também.
Vivam os palhaços, os poetas, os honestos e os trapaceiros. Mas estes que vão viver para o “caralho”. Sim, para esse lugar, bem lá no alto do mastro do navio.
Viva eu, que também mereço, e viva o meu vizinho, que é boa pessoa.
Vivam todos! Uns mais perto do que outros.
Se flor, era uma rosa rubra
perfumada de manhãs de azul
e noites de luar.
Como mulher, a mais linda de todas
de perfume igual.
Podem faltar-me candelabros
cristais azuis
jardins faraónicos
ou menores jardins de praça de cidade
multicoloridos ao anoitecer
mas uma flor com perfume
colhida bem cá de dentro
nunca me faltará para uma mulher
porque lhe é devida
Olhei, quieto nos teus olhos
grávidos de aromas e candura
um ventre em flor a abrir na primavera.
Entontecido, porque embriagado
no campo limado e morno do entardecer
falei-te e disse quase nada
por não saber dizer mais do teu olhar.
E volta de ti um poema
um poema maior
declamado em sussurro
que me trespassa pelo peito
como flecha acesa de licor e lume
tombando-me ao crepúsculo dos teus olhos
no salpicar imenso das palavras.
E fico internado na metáfora enorme
que teceste lá dentro.
Um instante para te olhar.
Um momento para te saber.
Uma eternidade para te guardar
e me perguntar...
E um segundo, ou pouco mais
para to dizer num poema.
Se a falar não me nego
Já nego a boca calada
Se pouco digo, dizendo
Que direi sem dizer nada?!
...
Assim se faz poesia
Em quadra, dizendo nada
Sem qualquer filosofia
Mas rima certa e cruzada.
(a Monica Bellucci)
Que dizer e como dizer
se perfumada de vestal
assente em saltos altos
quando caminha equilibrada
entre as fendas dum chão de pedras
e estas se unem
para que ela passe?
Eu não arrisco dizer
nem um só verso.
Que me diriam as pedras
se o poema não conseguisse
mais do que elas?!...